Programa de Estudos em Negociação

O Programa de Estudos em Negociação objetiva introduzir o profissional nos principais tópicos de interesse para a compreensão da dinâmica das disputas e as formas disponíveis para sua solução. A compreensão da dinâmica das disputas remete á Teoria do Conflito, na perspectiva da Psicologia, com ênfase no papel da comunicação na negociação e solução das disputas. Saiba mais, clicando nas abas abaixo.

▼ Teoria do Conflito (clique para saber mais)

A Teoria do Conflito aplicada ao campo da gestão de projetos,  desde um ponto de vista da Psicologia, pode prover insights da dinâmica de conflitos que podem emergir durante o desenvolvimento de um projeto, apontando meios de solução. As diferentes perspectivas da Teoria do Conflito, na abordagem da Psicologia, aplicadas à Gestão de Projetos, encontram sua aplicação no entendimento dos problemas interpessoais que emergem na condições do dia-a-dia da gestão de um projeto, alcançando todos os stakeholders, e com forte impacto na governança da organização.

▼ Programa de Estudos (clique para saber mais)

Os temas de interesse para a gestão de projetos, no campo da Teoria do Conflito, e na perspectiva da Psicologia abrangem os seguintes tópicos:

a) Alocação de Recursos: Projetos requerem de modo continuado a alocação de recursos limitados, tais como, orçamento, tempo, e pessoal. A Teoria do Conflito esclarece como conflitos podem emergir quando diferentes stakeholders, com diferentes níveis de poder e influência enfrentam-se para apropriar=se de uma fatia maior desses recursos.

b) Dinâmica de Poder: Dentro das equipes de projeto, a dinâmica de poder pode impactar a tomada de decisões e a distribuição de recursos. A Teoria do Conflito examina como as lutas pelo poder entre membros de uma equipe, ou entre gestores do projeto e stakeholders pode dar origem a disputas e comprometer o progresso do projeto.

c) Papéis e Responsabilidades; Uma clara definição de papéis e responsabilidades é crucial para o sucesso de um projeto. A Teoria do Conflito enfatiza como os desentendimentos ou desacordos sobre papéis podem criar conflitos, particularmente quando existe uma falta de alinhamento entre as expectativas dos membros da equipe e os requisitos do projeto.

d) Quebras na Comunicação: A comunicação ineficaz é uma fonte comum de conflito em projetos. A Teoria do Conflito sublinha como a má comunicação ou falta de transparência pode alimentar desentendimentos, comprometer a confiança e dar origem a disputas.

e) Interesses dos Stakeholders: Diferentes stakeholders podem ter interesses e prioridades variados. A Teoria do Conflito esclarece como interesses conflitantes podem levar a desacordos sobre o escopo do projeto, objetivos e entregas.

f) Mudanças na Gestão: A implementação de novos processos, sistemas ou mudanças podem criar conflitos, especialmente se indivíduos ou grupos sentem que seus interesses ou rotinas estão sob ameaça. A Teoria do Conflito examina como a reistência à mudança pode impactar o desenvolvimento do projeto.

g) Resolução de Conflitos: Os gestores de projetos podem aplicar a Teoria do Conflito adotando estratégias para endereçar os conflitos de modo construtivo. Isto pode envolver a promoção de uma comunicação mais eficaz, abordando as assimetrias de poder e buscando soluções do tipo ganha-ganha.

h) Impacto no Desempenho do Projeto: Conflitos não resolvidos podem acarretar atrasos, redução da moral da equipe e perda na qualidade do projeto. A Teoria do Conflito ajuda os gestores de projetos compreender como conflitos não resolvidos podem impactar o desempenho do projeto como um todo.

Ao completar o programa de mentoria sobre Teoria do Conflito em Projetos, o aluno poderá: a) Compreender o papel da Teoria do Conflito na Gestão de Projetos; b) Melhor administrar conflitos atuais (e os não-resolvidos); c) Promover a melhoria na colaboração dos membros das equipes; d) Criar um ambiente em que as diferentes perspectivas e dinâmicas de poder são administradas com eficácia; e. e) Contribuir para o sucesso na execução do projeto e alcançar melhores resultados.

Bibliografia
  1. “The Handbook of Conflict Resolution: Theory and Practice” by Morton Deutsch, P. T. Coleman, and E. C. Marcus
  2. “The Social Animal” by Elliot Aronson
  3. “Conflict: A Redemptive Opportunity” by Michael H. Romanowski
  4. “Psychology of Interpersonal Relations” by Fritz Heider
  5. “The Drama of the Gifted Child: The Search for the True Self” by Alice Miller
  6. “The Dance of Connection: How to Talk to Someone When You’re Mad, Hurt, Scared, Frustrated, Insulted, Betrayed, or Desperate” by Harriet Lerner
  7. “Anger: Wisdom for Cooling the Flames” by Thich Nhat Hanh
  8. “Emotional Intelligence: Why It Can Matter More Than IQ” by Daniel Goleman
  9. “Difficult Conversations: How to Discuss What Matters Most” by Douglas Stone, Bruce Patton, and Sheila Heen
  10. “Mindset: The New Psychology of Success” by Carol S. Dweck
Estratégias de Negociação (clique para saber mais)

Neste tópico são abordados o pano e a abordagens que o negociador adota para alcançar seus objetivos de produzir acordos mutuamente benéficos com a outra parte em uma negociação. Baseada na linguagem da persuasão, uma bem definida estratégia de negociação leva em conta os objetivos, os interesses da outra parte, o contexto da negociação e os resultados potenciais. Compreender os componentes da estratégia de negociação é fundamental para o gestor do projeto.

Programa de Estudos

O programa de estudos em estratégias de negociação envolve os seguintes tópicos:

a) Estratégia Competitiva (Ganha-Perde); Essa estratégia envolve buscar obter a maior vantagem possível para si, enquanto limita o que a outra parte pode ganhar. Pode ser efetiva em situações onde uma das partes tem uma sólida posição de vantagem, mas pode causar dano nas relações no longo prazo.

b) Estratégia Cooperativa (Ganha-Ganha): Essa estratégia busca alcançar soluções mutuamente vantajosas, onde ambas as partes ganham. Ela foca na colaboração, na busca da solução do problema e encontrar pontos de interesse comum. Pode levar a melhores relações no longo prazo e nos resultados.

c) Estratégia de Compromisso: Essa estratégia implica em que ambas as partes abram mão de algo para alcançar um meio termo. Enquanto pode conduzir a rápida resolução da disputa, essa estratégia pode não satisfazer integralmente às necessidade de cada uma das partes.

d) Estratégia da Evasão: Essa estratégia envolve tanto o postergamento como a evasão da negociação. Ela pode ser usanda em função da falta de informações ou do timing da decisão.

e) Estratégia de Acomodação: Essa estratégia é empregada quando uma parte atende as demandas da outra parte para manter a harmonia ou para fomentar a boa-vontade da outra parte. Ela pode ser usada para preservar relações, mas pode produzir a impressão de que uma das partes ganhou uma vantagem em relação à outra.

f) Estratégia Colaborativa: Essa estratégia enfatiza a busca da solução do problema e do trabalho colaborativo para encontrar soluções criativas que endereçam os interesses de ambas as partes. É uma estratégia efetiva quando existe um alto grau de confiança e exista a troca de informações.

g) Estratégia Assertiva: Essa estratégia consiste em uma parte adotar uma atitude firme e direta sobre suas demandas e expectativas. Pode ser útil quando a parte tem uma posição consolidada ou quando precisa afirmar os seus direitos.

h) Estratégia de Apelo Emocional: Essa estratégia consiste em uma das partes lançar mão das emoções e das conexões pessoais para influenciar a outra parte. Pode ser efetiva, mas deve ser usada com cuidado, evitando a manipulação.

i) Estratégia do Silência: Essa estratégia lança mão de permanecer em silêncio permitindo a outra parte falar primeiro, o que cria a oportunidade de obter informações valiosas e colocar-se em uma posição mais fortalecida.

j) BATNA (Best Alternative to a Negotiated Agreement) Strategy: Essa estratégia pode ser adotada por uma das partes que tem uma melhor posição consolidada e forte como alternativa, caso a negociação não produza resultados. A BATNA oferece uma alavancagem e confiança durante as negociações.

A escolha do plano da estratégia depende de diversos fatos, tais como: as relações com a outra parte; a natureza do que está em disputa; o nível de confiança entre as partes; o resultado esperado; o contexto da negociação. Bons negociadores adaptam suas estratégias baseado nas mudanças dinâmica do processo de negociação.

Bibliografia
  1. “Never Split the Difference: Negotiating As If Your Life Depended On It” by Chris Voss
  2. “Getting to Yes with Yourself: (and Other Worthy Opponents)” by William Ury
  3. “Negotiating the Impossible: How to Break Deadlocks and Resolve Ugly Conflicts (Without Money or Muscle)” by Deepak Malhotra
  4. “HBR’s 10 Must Reads on Negotiation” (HBR’s 10 Must Reads series) by Harvard Business Review
  5. “The Good Fight: Use Productive Conflict to Get Your Team and Organization Back on Track” by Liane Davey
  6. “The Art of Negotiation: How to Improvise Agreement in a Chaotic World” by Michael Wheeler
  7. “The Disruption Mindset: Why Some Organizations Transform While Others Fail” by Charlene Li
  8. “The Shadow Negotiation: How Women Can Master the Hidden Agendas That Determine Bargaining Success” by Deborah M. Kolb and Judith Williams
  9. “Persuasion: Convincing Others When Facts Don’t Seem to Matter” by Lee Hartley Carter
  10. “Bargaining with the Devil: When to Negotiate, When to Fight” by Robert Mnookin
Comunicação na Negociação (clique para saber mais)

A Comunicação, baseada na persuasão, tem um papel fundamental na negociação, pois impacta diretamente a possibilidade de alcançar acordos benéficos. Uma persuasão efetiva requer o entendimento das motivações, necessidades e interesses da outra parte, preservando, ao mesmo tempo, os próprios argumentos e ganhando a confiança da outra parte. Conhecer as principais características de uma comunicação efetiva que contribuem para o sucesso das negociações e o desenvolvimento de habilidades na comunicação são essenciais para o gestor de projetos.

Programa de Estudos

Os principais temas a serem tratado no tópico da Comunicação na Negociação, incluem:

a) Clareza: Uma clara comunicação garante que ambas as partes compreendam o que está sendo negociado, os interesses e posições sendo expostos. Mal-entendidos podem levar à interrupção nas negociações, sendo a comunicação importante, para articular idéias, propostas e as preocupações de forma clara e concisa.

b) Escuta Ativa: A escuta ativa envolve prestar atenção ao que a outra parte está falando, compreendendo sua perspectiva, e fazendo perguntas esclarecedoras. Isto contribui para para estabelecer o rapport, demonstar respeito e contribuir para fortalecer uma atmosfera cooperativa.

c) Empatia: Compreender as preocupações e motivações da outra parte fortalece a empatia. Quando ambas as partes sentem-se ouvidas e compreendidas, é mais fácil encontrar áreas de interesse comum e trabalhar para alcançar soluções que atendem as necessidades de todos.

d) Questionamento: Fazer perguntas abertas encoraja a outra parte para compartilhar mais informações. Isso pode ajudar a manifestação de interesses ocultos, prioridades e possíveis soluções que podem não ter sido inicialmente percebidas.

e) Estilos de Negociação: Diferentes estilos de negociação (competitiva, cooperativa, colaborativa, etc.) estão baseados em diferentes abordagens de comunicação. Compreender o estilo que está sendo empregado por ambas as partes ajuda a formatar a comunicação para resultados mais efetivos.

f) Comunicação Não-Verbal: A linguagem corporal, o tom de voz, e as expressões faciais manifestam importantes chaves em negociação. Estar atento aos sinais não-verbais ajuda a garantir que as palavras se alinhem com a intenção da mensagem.

g) Construindo Relações: A comunicação efetiva fortalece a confiança e constroi relações positivas. Um rapport fortalecido pode contribuir a uma negociação facilitada e aumentar a probabilidade de futura colaboração.

i) Solução de Problemas: A comunicação efetiva é crucial para ambas as partes explorar em conjunto opções e brainstorming para novas soluções. Partes podem analisar de forma colaborativa potenciais resultados e encontrar modos de endereçar os problemas. 

j) Administrar Tensões: As negociações podem tornar-se tensas, especialmente quando são discutidos questões sensíveis. Boa comunicação ajuda a administrar as emoções, precarver-se de mal-entendidos e de-escalar conflitos.

Em essência, a comunicação efetiva é o fundamento de negociações bem-sucedidas. Ela permite que as partes troquem informações, compreendam as necessidades e preocupações de cada um, e, ao final, alcancem um acordo que satisfaça todas as partes envolvidas.

Bibliografia
  1. “Never Split the Difference: Negotiating As if Your Life Depended On it” by Chris Voss.
  2. “Getting to Yes with Yourself: (and Other Worthy Opponents)” by William Ury.
  3. “Talk: A New Philosophy of Language” by Susan Hirsch
  4. “Persuasion: Convincing Others When Facts Don’t Seem to Matter” by Lee Hartley Carter
  5. “Rebel Ideas: The Power of Diverse Thinking” by Matthew Syed
  6. “Radical Candor: Be a Kick-Ass Boss Without Losing Your Humanity” by Kim Scott
  7. “Simply Said: Communicating Better at Work and Beyond” by Jay Sullivan
  8. “Negotiating the Impossible: How to Break Deadlocks and Resolve Ugly Conflicts (Without Money or Muscle)” by Deepak Malhotra
  9. “The Art of Communicating” by Thich Nhat Hanh
  10. “The Disruption Mindset: Why Some Organizations Transform While Others Fail” by Charlene Li
  11. “The Power of Communication: Skills to Build Trust, Inspire Loyalty, and Lead Effectively” by Helio Fred Garcia
Gestão de Contratos (clique para saber mais)

Um contrato é um acordo que vincula legalmente as partes contratantes para realizar um objetivo comum. O compartilhamento de riscos é uma estratégia usada nos contratos para alocar e administrar riscos potenciais entre as partes contratantes que podem emergir durante o desenvolvimento de um projeto ou um acordo empresarial. Um contrato é um acordo em que o acordado entre as parts tem um caráter vinculante, de acordo com a legislação e a jurisprudência.

Programa de Estudos

Os principais tópicos a serem tratado no módulo Gestão de Contratos são:

a) Alocação de Riscos: Os contratos comumente especificam como os riscos de um projeto ou negócio serão alocados entre as partes envolvidas. Isto inclui a identificação dos riscos potenciais, a atribuição das responsabilidades para administrar esses riscos, e a determinar as consequências se os eventos previstos vierem a ocorrer. O compartilhamento de riscos assegura às partes que o ônus de um risco seja distribuído de acordo com a capacidade de cada parte em gerir o risco.

b) Responsabilidades e Obrigações: Os contratos estabelecem os papéis, as reponsabilidades e as obrigações de cada parte, ao longo de sua execução. Isto inclui como as partes trabalharão conjuntamente para endereçar os riscos que podem afetar o progresso do projeto, em termos de custo, cronograma, qualidade, meio-ambiente, e outros aspectos relevantes. Ao definir claramente esses papéis, os conflitos e interpretações conflitivas podem ser minimizadas.

c) Estratégias Mitigadoras: Os contratos podem detalhar estratégias de mtigação de riscos específicas que as partes obrigam-se a seguir. Por exemplo, se um determinado risco emerge, o contrato pode estabelecer os passos que as partes devem seguir para endereçar ou minimizar aquele risco determinado.

d) Planos de Contingência: Planos de contingência podem ser incluídos nos contratos para cenários de riscos potenciais. Esses planos definem as ações que as partes seguirão se um risco em particular ocorrer, assegurando que um processo pré-definido para administrar a situação esteja em vigor.

e) Resolução de Disputas: Cláusulas prevendo os mecanismos de resolução de disputas são um importante elemento dos contratos na gestão de projetos. Se conflitos relacionados ao compartilhamento de riscos ou outros aspectos dos contratos surgirem, esses mecanismos estabelecem um modo estruturado para endereçar e resolver as disputas sem o recurso ao Judiciário.

Em síntese, um contrato bem estruturado para a gestão de projetos leva em consideração o compartilhamento de risco como um elemento crucial. Estabelecendo o framework para orientar as partes para colaborar, tratar as incertezas e administrar possiveis desafios ao longo do ciclo de vida do projeto e da relação empresarial.

Bibliografia
  1. The Law of Contract” by G.H. Treitel
  2. Contract Management Body of Knowledge (CMBOK)” by Vincent G. Bellafiore
  3. The Contract Management Body of Knowledge Guide” by the International Association for Contract and Commercial Management (IACCM)
  4. Project Procurement Management: Contracting, Subcontracting, Teaming” by Q. W. Fleming and J. Koppelman.
  5. Construction Contracts: Law and Management” by John Murdoch and Will Hughes.
  6. Contract and Commercial Management – The Operational Guide” by the International Association for Contract and Commercial Management (IACCM)